sábado, 29 de agosto de 2015

RIO - 5 DIAS


Esta foi a 6ª vez que fomos ao Rio nos últimos nove anos e todas as vezes encontramos algo de novo para fazer, sejam programas culturais, trilhas, aventuras ou atividades gastronômicas.
Neste post mostraremos um roteiro como referência e algumas dicas para quem quiser passar 4 noites ou 5 dias na Cidade Maravilhosa.

PRIMEIRO DIA:
Já no dia da chegada em um sábado, próximo ao meio dia, depois do check in no Hotel do Sesc Copacabana que tem uma ótima localização e uma boa relação custo benefício para quem é comerciário ou dependente (R$150,00 o apto. para casal), fomos almoçar em um dos restaurantes mais antigos e tradicionais de Copacabana.
Localizado na rua Santa Clara, na quadra da praia, o Rian que funciona desde 1949, oferece uma grande variedade de opções de comidas regionais para todos os gostos e bolsos. Com chopp brahma a R$ 6,20 não deu para resistir e aí começou o roteiro que inclui também a "bebelança".
Depois de uma breve caminhada pela orla para compensar parte da ingestão calórica, fomos até a estação do metrô (Siqueira Campos) para chegar até a Cinelândia (R$ 3,40 o bilhete), no centro da cidade, onde haveria uma apresentação aberta ao público da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro regida pelo maestro Isaac Karabtchevsky.  A orquestra ficou localizada nas escadarias do teatro e o programa incluiu Villa Lobos, Giuseppe Verdi, Tom Jobim, entre outras maravilhas da música clássica e popular. De volta a Copacabana depois de uma leve descansada no hotel, foi a vez de ir a um dos vários barzinhos nas proximidades do hotel para um aperitivo e alguns chopinhos a R$ 6,00. O retorno ao hotel foi breve pois no dia seguinte (domingo) teríamos que levantar as 6:00 h da manhã para fazer a trilha do Morro Dois Irmãos.

Apresentação da Orquestra Sinfônica nas escadarias externas do Theatro Municipal
Composição com as diversas cores da iluminação da orquestra

SEGUNDO DIA:
O início da trilha do Morro Dois Irmãos começa na favela do Vidigal e como não conhecíamos o local contratamos (R$ 50,00 por pessoa) os serviços da guia local Ana Lima (http://trilhadoisirmaos.com.br/site/).
O local de encontro é no ponto de ônibus em frente ao hotel Sheraton e depois de uma pequena caminhada chegamos na entrada da comunidade onde pegamos uma kombi até o início da trilha que tem cerca de 1,5 km de extensão e alcança o topo do Morro Irmão maior a uma altura de 533m.
A trilha é classificada como moderada mas em alguns pontos tem uma subida bem íngreme, mas nada que alguém da terceira idade, como nós, não possa fazer.
Durante a subida tem vários mirantes, com vistas para o Vidigal, praia de São Conrado, Pedra da Gávea, Pedra Bonita e para a comunidade da Rocinha.
No topo a vista é deslumbrante e mostra  uma visão de 360º para as praias do Leblon, Ipanema, Lagoa, Ilhas Cagarras, Niterói, Floresta da Tijuca,  oceano atlântico, etc..
Para deixar este visual ainda mais agradável, a guia contratou o músico Anderson que executou com seu violino uma trilha sonora com diversas músicas.
Lá em cima a gente esquecia até o cansaço da subida, mas depois de pouco mais de uma hora no topo, começamos o retorno e dessa vez, além da trilha, a descida incluiu também um roteiro pelas ruas e becos do Vidigal cujos muros e fachadas,  repletas de grafites, são um espetáculo a parte (Instagram: @tarm1).
Depois desta maratona, seguimos caminhando até a Mirante do Leblon que fica no início da Av. Niemeyer para uma caipirinha mais que merecida.
A intenção era ir caminhando até o Degrau, outro restaurante tradicional do Rio que já tem mais de 55 anos e fica no Leblon, mas o cansaço nos obrigou a tomar um táxi até lá.
Depois do almoço seguiu-se uma curta caminhada pela av. Ataulfo de Paiva onde tomamos um ônibus até o nosso hotel em Copacabana.
Depois de um breve descanso, a noite fomos ao boteco Belmonte que  fica nas imediações do hotel.

Vista do primeiro mirante da trilha que mostra  São Conrado, e as Pedra da Gávea e Bonita ao fundo
Favela da Rocinha
Panorâmica mostrando a praia de São Conrado, parte da comunidade da Rocinha e a Floresta da Tijuca

Vista do topo do Morro dois Irmãos a 533 m de altura mostrando as praias da zona sul e a lagoa


 
 

Guia Ana Lima (de verde) e parte do grupo que incluía cariocas, paulistas, portugueses e americanos
Composição com alguns grafites pintados nos muros e fachadas das ruas do Vidigal
Tomando uma caipirinha depois da trilha exaustiva
Vista do mirante do Leblon
TERCEIRO DIA:
Neste dia dormimos até um pouco mais tarde e depois do café da manhã a Teca resolveu ir as compras e eu fui até o Aeroporto Santos Dumont esperar minha irmã e o marido (Beba e Adilson) que também estavam chegando na cidade para um período de 5 dias.
Depois que eles fizeram o check in no hotel, pegamos o metrô até  Copacabana onde almoçamos no restaurante Mondego na orla. Em seguida fizemos uma caminhada até o Arpoador e pela praia de Ipanema  até a divisa com a praia do Leblon e voltamos por dentro até a estação do metrô (General Osório).  Nós saltamos em Copacabana e eles seguiram até o Catete onde ficava o hotel deles.
A noite fomos com eles e mais um casal de amigos deles até a Lapa no bar Carioca da Gema para curtir um verdadeiro samba de raíz.

Nós, minha irmã Beba e o cunhado Adilson esperando o almoço na orla de Copacabana
Vista do Arpoador com o Morro dos Dois Irmãos ao fundo
QUARTO DIA:
Neste dia eu tinha programado um voo duplo de asa delta (R$ 450,00 por pessoa incluindo fotos e vídeo) na Pedra Bonita em São Conrado mas como a previsão do tempo não era muito boa, tivemos que, mais uma vez,  levantar cedo para ligar para o piloto Beto Rotor (betorotor@gmail.com) às 7:00h para confirmar se as condições atmosféricas permitiriam o voo.
Com a confirmação, seguimos até o local de encontro e depois de buggy até o alto da rampa que fica a 520 m de altura.
Em 2012 adiamos o voo de um dia para outro para tentar melhores condições climáticas e na ocasião, de parapente, ganhamos muita altura devido as térmicas, o que garantiu um voo com duração de quase 30 minutos além da visibilidade ser excelente. Nesta vez as condições do tempo não eram tão boas mas não poderíamos adiar pois no dia seguinte já tínhamos que ir  para o aeroporto e eu estava determinado a fazer o voo, e desta vez, de asa delta.
O piloto Beto Rotor (whatsApp: 21996947323) é muito competente e apesar de meu sobrepeso (eu estava com 95 kg e o recomendado é no máximo 85 kg para asa e 110 kg com parapente), fizemos um voo maravilhoso de cerca de 10 minutos. Apesar do voo ter sido mais curto achei mais emocionante principalmente quando o piloto me passou o comando da asa e fiz algumas curvas para um lado e para o outro. O voo livre, seja de asa delta ou parapente é uma experiência que todos deveriam fazer especialmente em uma rampa tão especial como a da Pedra Bonita.
Voltamos para o hotel, demos uma rápida descansada e fomos de metrô até a Cinelândia fazer a visita guiada ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Compramos os ingressos (preços: inteira R$ 10,00 e meia R$ 5,00) para as 16:00h e aproveitamos a folga para tomarmos mais uns chopps e fazer um almoço rápido no Bar Amarelinho, um bar tradicional e muito antigo no centro do Rio.
O Theatro Municipal foi inaugurado em 1909 e o desenho do prédio foi inspirado no da Ópera de Paris.
Em 2008 começou a quarta grande restauração e foi reaberto em 2010.
Na fachada se destacam a escadaria de acesso, a visão dos dois andares e as três cúpulas da cobertura.
Do hall de entrada partem as duas escadas laterais que, levam aos andares superiores. Em sua entrada encontram-se duas estátuas de bronze do escultor francês Raoul Verlet. Os dois salões laterais servem de descanso para o público. Toda a suntuosa decoração do hall de entrada é feita de mármores das mais variadas procedências, ônix, espelhos e bronzes dourados. No andar superior existem grandes janelas com vitrais retangulares, sendo que os três centrais e os dois das escadas laterais, ostentam preciosos vitrais alemães, com as figuras das musas protetoras das artes.
Depois da visita voltamos de metrô na estação da Cinelândia que fica pertinho do teatro e voltamos a Copacabana.
A noite fomos novamente ao restaurante Rian para mais alguns chopps e uma janta deliciosa.

Rampa da Pedra Bonita a 520 m de altura e a praia de São Conrado em um dia nublado


Asa no piloto automático
Eu pilotando e dando uma carona ao instrutor Beto
Composição com alguns momentos do voo, incluindo a decolagem e a aterrissagem

Escadaria do Theatro Municipal

Colunas no segundo pavimento e abaixo dois grandes painéis feitos em mosaico

Uma das estátuas do bronze do escultor francês Raoul Verlet 



QUINTO DIA:
Neste dia, aproveitamos para acordar um pouco mais tarde para aliviar o cansaço dos últimos quatro dias e após o check out, guardamos a mala no hotel e fizemos uma caminhada pela orla de Copacabana até o Leme, quando aproveitamos para tirar algumas fotos enquanto o tempo ainda estava aberto.
Como o voo de retorno a Floripa era só as 15:40 h e saía do aeroporto Santos Dumont, deu tempo ainda para tomar mais uns chopinhos brahma a R$ 5,50, almoçar mais uma vez na orla de Copacabana e pegar um táxi para o aeroporto.

Panorâmica de Copacabana: Do Leme ao Forte

Alguns programas do roteiro acima podem ser substituído por visitas a outros pontos turísticos mais tradicionais e que já visitamos em outras ocasiões tais como, uma ida até a praia da Barra da Tijuca passando pela av. Niemeyer, Cristo Redentor, Pão de Açucar, bondinho de Santa Tereza, Jardim Botânico, Museu de Belas Artes, Museu Histórico Nacional, Centro Cultural do BB, travessia da Baia de Guanabara até Niterói e visita ao Museu de Artes Modernas, etc. Não faltará o que fazer no Rio.
Até a próxima viagem que será em novembro para Vitória - ES.