Esta foi a 6ª
vez que fomos ao Rio nos últimos nove anos e todas as vezes encontramos algo de
novo para fazer, sejam programas culturais, trilhas, aventuras ou atividades gastronômicas.
Neste post
mostraremos um roteiro como referência e algumas dicas para quem quiser passar
4 noites ou 5 dias na Cidade Maravilhosa.
PRIMEIRO DIA:
Já no dia da chegada
em um sábado, próximo ao meio dia, depois do check in no Hotel do
Sesc Copacabana que tem uma ótima localização e uma boa relação custo
benefício para quem é comerciário ou dependente (R$150,00 o apto. para casal),
fomos almoçar em um dos restaurantes mais antigos e tradicionais de Copacabana.
Localizado na
rua Santa Clara, na quadra da praia, o Rian que funciona desde 1949,
oferece uma grande variedade de opções de comidas regionais para todos os
gostos e bolsos. Com chopp brahma a R$ 6,20 não deu para resistir e aí começou
o roteiro que inclui também a "bebelança".
Depois de uma
breve caminhada pela orla para compensar parte da ingestão calórica, fomos até
a estação do metrô (Siqueira Campos) para chegar até a Cinelândia (R$ 3,40 o
bilhete), no centro da cidade, onde haveria uma apresentação aberta ao público da
Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro regida pelo maestro Isaac Karabtchevsky. A orquestra ficou localizada nas escadarias
do teatro e o programa incluiu Villa Lobos, Giuseppe Verdi, Tom Jobim, entre outras
maravilhas da música clássica e popular. De volta a Copacabana depois de uma
leve descansada no hotel, foi a vez de ir a um dos vários barzinhos nas
proximidades do hotel para um aperitivo e alguns chopinhos a R$ 6,00. O retorno
ao hotel foi breve pois no dia seguinte (domingo) teríamos que levantar as 6:00
h da manhã para fazer a trilha do Morro Dois Irmãos.
Composição com as diversas cores da iluminação da orquestra |
SEGUNDO
DIA:
O início
da trilha do Morro Dois Irmãos começa na favela do Vidigal e como não
conhecíamos o local contratamos (R$ 50,00 por pessoa) os serviços da guia local
Ana Lima (http://trilhadoisirmaos.com.br/site/).
O local
de encontro é no ponto de ônibus em frente ao hotel Sheraton e depois de uma
pequena caminhada chegamos na entrada da comunidade onde pegamos uma kombi até
o início da trilha que tem cerca de 1,5 km de extensão e alcança o topo do
Morro Irmão maior a uma altura de 533m.
A trilha
é classificada como moderada mas em alguns pontos tem uma subida bem íngreme,
mas nada que alguém da terceira idade, como nós, não possa fazer.
Durante a
subida tem vários mirantes, com vistas para o Vidigal, praia de São Conrado,
Pedra da Gávea, Pedra Bonita e para a comunidade da Rocinha.
No topo a
vista é deslumbrante e mostra uma visão
de 360º para as praias do Leblon, Ipanema, Lagoa, Ilhas Cagarras, Niterói,
Floresta da Tijuca, oceano atlântico, etc..
Para
deixar este visual ainda mais agradável, a guia contratou o músico Anderson que
executou com seu violino uma trilha sonora com diversas músicas.
Lá em
cima a gente esquecia até o cansaço da subida, mas depois de pouco mais de uma
hora no topo, começamos o retorno e dessa vez, além da trilha, a descida incluiu
também um roteiro pelas ruas e becos do Vidigal cujos muros e fachadas, repletas de grafites, são um espetáculo a
parte (Instagram: @tarm1).
Depois
desta maratona, seguimos caminhando até a Mirante do Leblon que fica no início
da Av. Niemeyer para uma caipirinha mais que merecida.
A
intenção era ir caminhando até o Degrau, outro
restaurante tradicional do Rio que já tem mais de 55 anos e fica no Leblon, mas
o cansaço nos obrigou a tomar um táxi até lá.
Depois do
almoço seguiu-se uma curta caminhada pela av. Ataulfo de Paiva onde tomamos um
ônibus até o nosso hotel em Copacabana.
Depois de
um breve descanso, a noite fomos ao boteco Belmonte que fica nas imediações do hotel.
Vista do primeiro mirante da trilha que mostra São Conrado, e as Pedra da Gávea e Bonita ao fundo |
Favela da Rocinha |
Panorâmica mostrando a praia de São Conrado, parte da comunidade da Rocinha e a Floresta da Tijuca |
Vista do topo do Morro dois Irmãos a 533 m de altura mostrando as praias da zona sul e a lagoa |
Guia Ana Lima (de verde) e parte do grupo que incluía cariocas, paulistas, portugueses e americanos |
Composição com alguns grafites pintados nos muros e fachadas das ruas do Vidigal |
Tomando uma caipirinha depois da trilha exaustiva |
Vista do mirante do Leblon |
TERCEIRO
DIA:
Neste dia
dormimos até um pouco mais tarde e depois do café da manhã a Teca resolveu ir
as compras e eu fui até o Aeroporto Santos Dumont esperar minha irmã e o marido
(Beba e Adilson) que também estavam chegando na cidade para um período de 5
dias.
Depois
que eles fizeram o check in no hotel, pegamos o metrô até Copacabana onde almoçamos no restaurante
Mondego na orla. Em seguida fizemos uma caminhada até o Arpoador e pela praia
de Ipanema até a divisa com a praia do
Leblon e voltamos por dentro até a estação do metrô (General Osório). Nós saltamos em Copacabana e eles seguiram
até o Catete onde ficava o hotel deles.
A noite
fomos com eles e mais um casal de amigos deles até a Lapa no bar Carioca da Gema para
curtir um verdadeiro samba de raíz.
Nós, minha irmã Beba e o cunhado Adilson esperando o almoço na orla de Copacabana |
Neste dia
eu tinha programado um voo duplo de asa delta (R$ 450,00 por pessoa incluindo
fotos e vídeo) na Pedra Bonita em São Conrado mas como a previsão do tempo não
era muito boa, tivemos que, mais uma vez,
levantar cedo para ligar para o piloto Beto Rotor (betorotor@gmail.com) às 7:00h
para confirmar se as condições atmosféricas permitiriam o voo.
Com a confirmação, seguimos até o local de encontro e depois de buggy até o alto da rampa
que fica a 520 m de altura.
Em 2012 adiamos
o voo de um dia para outro para tentar melhores condições climáticas e na
ocasião, de parapente, ganhamos muita
altura devido as térmicas, o que garantiu um voo com duração de quase 30
minutos além da visibilidade ser excelente. Nesta vez as condições do tempo não
eram tão boas mas não poderíamos adiar pois no dia seguinte já tínhamos que
ir para o aeroporto e eu estava
determinado a fazer o voo, e desta vez, de asa delta.
O piloto
Beto Rotor (whatsApp: 21996947323) é muito competente e apesar de meu sobrepeso
(eu estava com 95 kg e o recomendado é no máximo 85 kg para asa e 110 kg com
parapente), fizemos um voo maravilhoso de cerca de 10 minutos. Apesar do voo ter
sido mais curto achei mais emocionante principalmente quando o piloto me passou
o comando da asa e fiz algumas curvas para um lado e para o outro. O voo livre,
seja de asa delta ou parapente é uma experiência que todos deveriam fazer
especialmente em uma rampa tão especial como a da Pedra Bonita.
Voltamos
para o hotel, demos uma rápida descansada e fomos de metrô até a Cinelândia
fazer a visita guiada ao Theatro
Municipal do Rio de Janeiro.
Compramos
os ingressos (preços: inteira R$ 10,00 e meia R$ 5,00) para as 16:00h e
aproveitamos a folga para tomarmos mais uns chopps e fazer um almoço rápido no Bar Amarelinho, um bar
tradicional e muito antigo no centro do Rio.
O Theatro
Municipal foi inaugurado em 1909 e o desenho do prédio foi inspirado no da
Ópera de Paris.
Em 2008
começou a quarta grande restauração e foi reaberto em 2010.
Na
fachada se destacam a escadaria de acesso, a visão dos dois andares e as três
cúpulas da cobertura.
Do hall
de entrada partem as duas escadas laterais que, levam aos andares superiores.
Em sua entrada encontram-se duas estátuas de bronze do escultor francês Raoul
Verlet. Os dois salões laterais servem de descanso para o público. Toda a
suntuosa decoração do hall de entrada é feita de mármores das mais variadas
procedências, ônix, espelhos e bronzes dourados. No andar superior existem grandes
janelas com vitrais retangulares, sendo que os três centrais e os dois das
escadas laterais, ostentam preciosos vitrais alemães, com as figuras das musas
protetoras das artes.
Depois da
visita voltamos de metrô na estação da Cinelândia que fica pertinho do teatro e
voltamos a Copacabana.
A noite
fomos novamente ao restaurante Rian para mais alguns chopps e uma janta
deliciosa.
Rampa da Pedra Bonita a 520 m de altura e a praia de São Conrado em um dia nublado |
Asa no piloto automático |
Eu pilotando e dando uma carona ao instrutor Beto |
Composição com alguns momentos do voo, incluindo a decolagem e a aterrissagem |
Escadaria do Theatro Municipal |
Colunas no segundo pavimento e abaixo dois grandes painéis feitos em mosaico |
Uma das estátuas do bronze do escultor francês Raoul Verlet |
QUINTO DIA:
Neste
dia, aproveitamos para acordar um pouco mais tarde para aliviar o cansaço dos
últimos quatro dias e após o check out, guardamos a mala no hotel e fizemos uma
caminhada pela orla de Copacabana até o Leme, quando aproveitamos para tirar
algumas fotos enquanto o tempo ainda estava aberto.
Como o
voo de retorno a Floripa era só as 15:40 h e saía do aeroporto Santos Dumont,
deu tempo ainda para tomar mais uns chopinhos brahma a R$ 5,50, almoçar mais
uma vez na orla de Copacabana e pegar um táxi para o aeroporto.
Panorâmica de Copacabana: Do Leme ao Forte |
Alguns
programas do roteiro acima podem ser substituído por visitas a
outros pontos turísticos mais tradicionais e que já visitamos em outras
ocasiões tais como, uma ida até a praia da Barra da Tijuca passando pela av.
Niemeyer, Cristo Redentor, Pão de Açucar, bondinho de Santa Tereza,
Jardim Botânico, Museu de Belas Artes, Museu Histórico Nacional, Centro
Cultural do BB, travessia da Baia de Guanabara até Niterói e visita ao
Museu de Artes Modernas, etc. Não faltará o que fazer no Rio.
Até a próxima viagem que será em novembro para Vitória - ES.