Vitória
e região é um destino bem interessante para uma viagem de um final de semana
prolongado.
Indo
em uma quinta ou sexta feira e voltando segunda pela manhã é o suficiente para
conhecer um dos mais belos litorais do Brasil.
Embora
as praias de Vitória não sejam recomendadas para banho, a exemplo do que ocorre
na maior parte das praias urbanas do país, pode-se ficar na cidade que tem bons
hotéis e muitas opções gastronômicas e fazer um bate e volta de um dia para Vila
Velha e outro dia a Guarapari que tem praias lindíssimas.
Vitória
fica numa ilha e sua Baía, a exemplo do que ocorre com a Baía de Todos os
Santos em Salvador, a Baía da Guanabara no Rio ou as Baías de Florianópolis,
tem suas águas poluídas, o que compromete a qualidade das praias mais próximas.
Em Vitória, a orla do Bairro Camburí é muito bem
planejada com imensos calçadões com pistas separadas para skates e patins,
outra para ciclista e uma ótima calçada para pedestre e com grande mobilidade
para cadeirantes. São vários chuveiros distribuídos pela praia, quiosques e
banheiros novos mas, lamentavelmente, naqueles que tentamos usar não tinham papel higiênico, papel toalha,
sabonete nem água.
São
gratuitos, bastando pegar a chave nos quiosques, mas era preferível ter alguém
cuidando, o usuário pagar e ter as mínimas condições de uso.
Na
Praia do Canto, outro bairro nobre da cidade, também tem amplos calçadões bem
apropriados para uma caminhada ou corrida.
Neste
bairro fica o "Triângulo das Bermudas", uma rua repleta de bares,
casas noturnas e o Restaurante Partido Alto que serve uma moqueca com o melhor
custo benefício da região, pois apesar deste ser o prato típico do Estado, os
preços são bem salgados. Não dá para deixar de registrar a cordialidade dos motoristas Capixabas com os pedestres. Basta se aproximar da faixa que eles param para o pedestre atravessar.
Vista da Baia de Vitória e da terceira ponte
Praia de Camburí
Teca fotografando uma ilhota na Praia de Camburí
VILA
VELHA
Vila
Velha, que já foi a primeira capital do Estado, fica a cerca de 7,8 km do
Bairro Praia do Canto em Vitória e dá para ir de táxi com um preço bem razoável
(R$ 25,00).
É imperdível uma visita (gratuíta) ao Convento
da Penha, que já tem 454 anos de história (http://www.conventodapenha.org.br/)
e fica em um penhasco de 154 m de altura e a 500 m do nível do mar. Quem
estiver disposto a fazer uma caminhada pode optar em chegar ao topo pela trilha
da penitência, exclusiva aos pedestres, com cerca de 457 m ou usar a estrada,
com pouco mais de 1 km. Para os sedentários de plantão, existe a opção de subir
e descer de van ao custo, por pessoa, de R$ 3,50 para subir e R$ 2,50 para
descer.
Lá
de cima tem-se uma vista privilegiada de Baia de Vitória, da terceira ponte,
dos bairros da Praia do Canto e para o outro lado, o Oceano Atlântico, Vila
Velha e algumas de suas praias.
Para
quem subiu e desceu de van é recomendável dar uma caminhada até as praias mais
próxima que são a Praia da Costa e da Sereia, que ficam a cerca de 2 km. Se
quiser caminhar um pouco mais ao sul, fica a praia de Itapuã e Itaparica.
Fundos do Convento da Penha
Vista de Vitória a direita e parte de Vila Velha a esquerda a partir do pátio do Convento da Penha
Vista de Vitória a partir de janela do Convento da Penha
Vista de parte de Vila Velha e da Praia do Costa a partir de janela do Convento
Parte frontal do Convento da Penha
Panorâmica mostrando parte da Praia do Costa a direita e Praia da Sereia a esquerda
Panorâmica em sentido contrário a da foto acima: Praia da Sereia a direita e da Costa a esquerda
GUARAPARI
Guaraparí
fica a aproximadamente 54 km de Vitória e é mais interessante contratar um
passeio turístico (mais ou menos R$ 75,00 por pessoa em uma van), pois são
muitas praias para conhecer e para quem gosta de fotografar, rende boas fotos.
Fomos
em uma van com a empresa Maria do Carmo passeios turísticos ( 27 3389-3903 ou
whatsApp 27999542666) com mais um casal de Brasília e uma jovem de São Paulo.
Além
de fazermos novos amigos a Maria do Carmo é uma guia muito simpática, com bastante
conhecimento dos aspectos históricos do Estado e das praias da região.
Além
da visita a uma loja de artesanato e panelas de barro, a uma cachaçaria e duas igrejas históricas,
visitamos 16 praias com parada para banho na Praia das Castanheiras e dos
Namorados que fica bem ao lado.
Praia da Areia Preta
Praia dos Namorados
Praia das Castanheiras
Panorâmica mostrando a Praia dos Namorados a esquerda e das Castanheiras a direita
Com os amigos que fizemos na viagem: Bianca, Teca, Nino, Miro e Letícia
Praia da Virtude
Igreja de Sant'Ana em Guarapari, construída em 1892
Igreja Nossa Senhora da Conceição, de 1585 em Guarapari
Da esquerda para a direita: Bianca, eu, Teca a guia Maria do Carmo, Miro e Letícia
Esta foi a 6ª
vez que fomos ao Rio nos últimos nove anos e todas as vezes encontramos algo de
novo para fazer, sejam programas culturais, trilhas, aventuras ou atividades gastronômicas.
Neste post
mostraremos um roteiro como referência e algumas dicas para quem quiser passar
4 noites ou 5 dias na Cidade Maravilhosa.
PRIMEIRO DIA:
Já no dia da chegada
em um sábado, próximo ao meio dia, depois do check in no Hotel do
Sesc Copacabana que tem uma ótima localização e uma boa relação custo
benefício para quem é comerciário ou dependente (R$150,00 o apto. para casal),
fomos almoçar em um dos restaurantes mais antigos e tradicionais de Copacabana.
Localizado na
rua Santa Clara, na quadra da praia, o Rian que funciona desde 1949,
oferece uma grande variedade de opções de comidas regionais para todos os
gostos e bolsos. Com chopp brahma a R$ 6,20 não deu para resistir e aí começou
o roteiro que inclui também a "bebelança".
Depois de uma
breve caminhada pela orla para compensar parte da ingestão calórica, fomos até
a estação do metrô (Siqueira Campos) para chegar até a Cinelândia (R$ 3,40 o
bilhete), no centro da cidade, onde haveria uma apresentação aberta ao público da
Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro regida pelo maestro Isaac Karabtchevsky.A orquestra ficou localizada nas escadarias
do teatro eo programa incluiu Villa Lobos, Giuseppe Verdi, Tom Jobim, entre outras
maravilhas da música clássica e popular. De volta a Copacabana depois de uma
leve descansada no hotel, foi a vez de ir a um dos vários barzinhos nas
proximidades do hotel para um aperitivo e alguns chopinhos a R$ 6,00. O retorno
ao hotel foi breve pois no dia seguinte (domingo) teríamos que levantar as 6:00
h da manhã para fazer a trilha do Morro Dois Irmãos.
Apresentação da Orquestra Sinfônica nas escadarias externas do Theatro Municipal
Composição com as diversas cores da iluminação da orquestra
SEGUNDO
DIA:
O início
da trilha do Morro Dois Irmãos começa na favela do Vidigal e como não
conhecíamos o local contratamos (R$ 50,00 por pessoa) os serviços da guia local
Ana Lima (http://trilhadoisirmaos.com.br/site/).
O local
de encontro é no ponto de ônibus em frente ao hotel Sheraton e depois de uma
pequena caminhada chegamos na entrada da comunidade onde pegamos uma kombi até
o início da trilha que tem cerca de 1,5 km de extensão e alcança o topo do
Morro Irmão maior a uma altura de 533m.
A trilha
é classificada como moderada mas em alguns pontos tem uma subida bem íngreme,
mas nada que alguém da terceira idade, como nós, não possa fazer.
Durante a
subida tem vários mirantes, com vistas para o Vidigal, praia de São Conrado,
Pedra da Gávea, Pedra Bonita e para a comunidade da Rocinha.
No topo a
vista é deslumbrante e mostra uma visão
de 360º para as praias do Leblon, Ipanema, Lagoa, Ilhas Cagarras, Niterói,
Floresta da Tijuca, oceano atlântico, etc..
Para
deixar este visual ainda mais agradável, a guia contratou o músico Anderson que
executou com seu violino uma trilha sonora com diversas músicas.
Lá em
cima a gente esquecia até o cansaço da subida, mas depois de pouco mais de uma
hora no topo, começamos o retorno e dessa vez, além da trilha, a descida incluiu
também um roteiro pelas ruas e becos do Vidigal cujos muros e fachadas,repletas de grafites, são um espetáculo a
parte (Instagram: @tarm1).
Depois
desta maratona, seguimos caminhando até a Mirante do Leblon que fica no início
da Av. Niemeyer para uma caipirinha mais que merecida.
A
intenção era ir caminhando até o Degrau, outro
restaurante tradicional do Rio que já tem mais de 55 anos e fica no Leblon, mas
o cansaço nos obrigou a tomar um táxi até lá.
Depois do
almoço seguiu-se uma curta caminhada pela av. Ataulfo de Paiva onde tomamos um
ônibus até o nosso hotel em Copacabana.
Depois de
um breve descanso, a noite fomos ao boteco Belmonte que fica nas imediações do hotel.
Vista do primeiro mirante da trilha que mostra São Conrado, e as Pedra da Gávea e Bonita ao fundo
Favela da Rocinha
Panorâmica mostrando a praia de São Conrado, parte da comunidade da Rocinha e a Floresta da Tijuca
Vista do topo do Morro dois Irmãos a 533 m de altura mostrando as praias da zona sul e a lagoa
Guia Ana Lima (de verde) e parte do grupo que incluía cariocas, paulistas, portugueses e americanos
Composição com alguns grafites pintados nos muros e fachadas das ruas do Vidigal
Tomando uma caipirinha depois da trilha exaustiva
Vista do mirante do Leblon
TERCEIRO
DIA:
Neste dia
dormimos até um pouco mais tarde e depois do café da manhã a Teca resolveu ir
as compras e eu fui até o Aeroporto Santos Dumont esperar minha irmã e o marido
(Beba e Adilson) que também estavam chegando na cidade para um período de 5
dias.
Depois
que eles fizeram o check in no hotel, pegamos o metrô atéCopacabana onde almoçamos no restaurante
Mondego na orla. Em seguida fizemos uma caminhada até o Arpoador e pela praia
de Ipanema até a divisa com a praia do
Leblon e voltamos por dentro até a estação do metrô (General Osório).Nós saltamos em Copacabana e eles seguiram
até o Catete onde ficava o hotel deles.
A noite
fomos com eles e mais um casal de amigos deles até a Lapa no bar Carioca da Gema para
curtir um verdadeiro samba de raíz.
Nós, minha irmã Beba e o cunhado Adilson esperando o almoço na orla de Copacabana
Vista do Arpoador com o Morro dos Dois Irmãos ao fundo
QUARTO
DIA:
Neste dia
eu tinha programado um voo duplo de asa delta (R$ 450,00 por pessoa incluindo
fotos e vídeo) na Pedra Bonita em São Conrado mas como a previsão do tempo não
era muito boa, tivemos que, mais uma vez,levantar cedo para ligar para o piloto Beto Rotor (betorotor@gmail.com) às 7:00h
para confirmar se as condições atmosféricas permitiriam o voo.
Com a confirmação, seguimos até o local de encontro e depois de buggy até o alto da rampa
que fica a 520 m de altura.
Em 2012 adiamos
o voo de um dia para outro para tentar melhores condições climáticas e na
ocasião, de parapente, ganhamos muita
altura devido as térmicas, o que garantiu um voo com duração de quase 30
minutos além da visibilidade ser excelente. Nesta vez as condições do tempo não
eram tão boas mas não poderíamos adiar pois no dia seguinte já tínhamos que
irpara o aeroporto e eu estava
determinado a fazer o voo, e desta vez, de asa delta.
O piloto
Beto Rotor (whatsApp: 21996947323) é muito competente e apesar de meu sobrepeso
(eu estava com 95 kg e o recomendado é no máximo 85 kg para asa e 110 kg com
parapente), fizemos um voo maravilhoso de cerca de 10 minutos. Apesar do voo ter
sido mais curto achei mais emocionante principalmente quando o piloto me passou
o comando da asa e fiz algumas curvas para um lado e para o outro. O voo livre,
seja de asa delta ou parapente é uma experiência que todos deveriam fazer
especialmente em uma rampa tão especial como a da Pedra Bonita.
Voltamos
para o hotel, demos uma rápida descansada e fomos de metrô até a Cinelândia
fazer a visita guiada ao Theatro
Municipal do Rio de Janeiro.
Compramos
os ingressos (preços: inteira R$ 10,00 e meia R$ 5,00) para as 16:00h e
aproveitamos a folga para tomarmos mais uns chopps e fazer um almoço rápido no Bar Amarelinho, um bar
tradicional e muito antigo no centro do Rio.
O Theatro
Municipal foi inaugurado em 1909 e o desenho do prédio foi inspirado no da
Ópera de Paris.
Em 2008
começou a quarta grande restauração e foi reaberto em 2010.
Na
fachada se destacam a escadaria de acesso, a visão dos dois andares e as três
cúpulas da cobertura.
Do hall
de entrada partem as duas escadas laterais que, levam aos andares superiores.
Em sua entrada encontram-se duas estátuas de bronze do escultor francês Raoul
Verlet. Os dois salões laterais servem de descanso para o público. Toda a
suntuosa decoração do hall de entrada é feita de mármores das mais variadas
procedências, ônix, espelhos e bronzes dourados. No andar superior existem grandes
janelas com vitrais retangulares, sendo que os três centrais e os dois das
escadas laterais, ostentam preciosos vitrais alemães, com as figuras das musas
protetoras das artes.
Depois da
visita voltamos de metrô na estação da Cinelândia que fica pertinho do teatro e
voltamos a Copacabana.
A noite
fomos novamente ao restaurante Rian para mais alguns chopps e uma janta
deliciosa.
Rampa da Pedra Bonita a 520 m de altura e a praia de São Conrado em um dia nublado
Asa no piloto automático
Eu pilotando e dando uma carona ao instrutor Beto
Composição com alguns momentos do voo, incluindo a decolagem e a aterrissagem
Escadaria do Theatro Municipal
Colunas no segundo pavimento e abaixo dois grandes painéis feitos em mosaico
Uma das estátuas do bronze do escultor francês Raoul Verlet
QUINTO
DIA:
Neste
dia, aproveitamos para acordar um pouco mais tarde para aliviar o cansaço dos
últimos quatro dias e após o check out, guardamos a mala no hotel e fizemos uma
caminhada pela orla de Copacabana até o Leme, quando aproveitamos para tirar
algumas fotos enquanto o tempo ainda estava aberto.
Como o
voo de retorno a Floripa era só as 15:40 h e saía do aeroporto Santos Dumont,
deu tempo ainda para tomar mais uns chopinhos brahma a R$ 5,50, almoçar mais
uma vez na orla de Copacabana e pegar um táxi para o aeroporto.
Panorâmica de Copacabana: Do Leme ao Forte
Alguns
programas do roteiro acima podem ser substituído por visitas a
outros pontos turísticos mais tradicionais e que já visitamos em outras
ocasiões tais como, uma ida até a praia da Barra da Tijuca passando pela av.
Niemeyer, Cristo Redentor, Pão de Açucar, bondinho de Santa Tereza,
Jardim Botânico, Museu de Belas Artes, Museu Histórico Nacional, Centro
Cultural do BB, travessia da Baia de Guanabara até Niterói e visita ao
Museu de Artes Modernas, etc. Não faltará o que fazer no Rio.
Até a próxima viagem que será em novembro para Vitória - ES.