Para
melhor aproveitar o tempo em um final de semana em São Paulo é fundamental
escolher um hotel com boa localização para facilitar a mobilidade entre os
pontos a serem visitados, tendo em vista os congestionamentos, especialmente
agora em função das obras da ciclovia na Av. Paulista.
Optamos
pelo Hotel Golden Tulipa Belas Artes, um hotel categoria 4 estrelas com
instalações amplas e confortáveis, localizado na Consolação a duas quadra da Av.
Paulista e a uma quadra da rua Augusta.
Outra vantagem é que fica a duas quadras da estação
Consolação da linha verde do Metrô que por sua vez está interligada a estação
Paulista da linha amarela. Sempre que possível fizemos os deslocamentos de metrô. O bilhete do metrô custa R$ 3,50. Além disso, não
estão tão lotados como ocorre nos dias úteis.
Os deslocamentos de táxi, além de mais caros
ainda são mais demorados devido aos congestionamentos referidos acima, mesmo
nos finais de semana.
1º
dia (sexta):
Na chegada à
cidade na sexta feira por volta do meio dia, depois do check in no hotel,
fizemos um lanche nas imediações da Augusta que tem uma variedade muito grande
de bares e lanchonetes e fomos até a estação Paulista para pegar o metrô até a
estação República pela linha amarela para visitar o Theatro Municipal de São
Paulo. Dali, basta seguir por um calçadão até a Praça Ramos onde está o Teatro
e fazer a visita guiada que é gratuita e pode ser feita de terça-feira a
sexta-feira às 11h, 15h e 17h e sábados e feriados: às 11h, 12h, 14h e 15h.
Foi uma obra
considerada ousada para a época, com traços renascentistas e barrocos na
fachada e, em seu interior, muitos adornos e obras de arte: bustos, bronzes,
medalhões, afrescos, cristais, colunas neoclássicas, vitrais, mosaicos e
mármores (ver fotos abaixo). Construído pelo arquiteto Ramos de Azevedo e os italianos Cláudio
Rossi e Domiziano Rossi, as obras iniciaram em 1903 e foram concluídas em 1911.
As escadas do hall de entrada em mármores coloridos e travertino em muito
lembram o Teatro Colon (Buenos Aires) e o Teatro de Manaus.
Lamentavelmente
nesta visita não foi possível ter acesso ao salão principal pois estava
ocorrendo o ensaio de uma ópera que estréia no início de junho.
Após a visita,
vale uma caminhada pelas redondezas e pela praça da República.
Voltamos
novamente de metrô ao hotel para uma descansada e a noite o jantar foi no restaurante
Caspita que tem boas opções de massas, filés, chopp e uma variedade de cervejas
e fica pertinho do hotel na esquina da rua Augusta com a Antônio Carlos.
Quando voltamos a São Paulo agora em junho de 2016, o Restaurante Caspita já não funcionava mais talvez em função da crise que afeta o país, mas bem pertinho, na frente de onde ele estava instalado tem o Bar e Restaurante Athenas que é uma ótima opção na mesma esquina.
Quando voltamos a São Paulo agora em junho de 2016, o Restaurante Caspita já não funcionava mais talvez em função da crise que afeta o país, mas bem pertinho, na frente de onde ele estava instalado tem o Bar e Restaurante Athenas que é uma ótima opção na mesma esquina.
2º dia (sábado):
Depois do café
da manhã, fomos até a estação Consolação e seguimos pela linha verde do metrô
até a estação Paraíso onde trocamos para a linha azul até a Estação São Bento,
que fica bem perto do Mercado Municipal. Embora a distância de táxi do hotel
até o Mercado seja de aproximadamente 6 km, leva-se menos tempo indo de metrô.
Depois de uma
breve visita externa ao Mosteiro de São Bento cuja fundação ocorreu em 1598 e
que fica no Largo de mesmo nome, basta descer uma ladeira, atravessar a rua 25
de março e já estamos no Mercado Municipal, que por ser um sábado, estava
lotado e com filas enormes para se conseguir uma mesa nos restaurantes que
ficam na parte superior e até mesmo uma banqueta nos balcões dos bares no piso
térreo.
Depois de
algumas pernadas para provocar a sede e apreciar o colorido das bancas formada
por frutas de diversas procedências, muitos temperos e enormes postas de
bacalhau, uma boa pedida foi um pastel de bacalhau acompanhado de alguns chopps
.
Quando a fila
diminuir é hora de subir até o restaurante Mortadela Brasil e saborear o
sanduíche denominado Fenômeno que é descrito no cardápio como um sanduíche
gordo e show de bola, deixando claro que é uma referência ao Ronaldo.
O retorno ao
hotel pelo metrô não leva mais do que 25 minutos.
A noite a
sugestão é a ida de táxi até o teatro Ruth Escobar que fica a 2,2 km do hotel e
possui várias salas com peças de
diversos gêneros em exibição. Este teatro fica na Rua dos Ingleses e ao final da
peça basta descer uma escadaria para chegar na rua Treze de Maio (bairro Bixiga)
onde estão ótimos restaurantes italianos como por exemplo a Cantina Roperto e o
Lazarella (que tinha tanta gente na fila que não deu para encarar).
3º dia
(Domingo):
Neste 3º dia a
pedida é uma caminhada pela av. Paulista até o MASP e visitar um dos mais
importantes museus de São Paulo. Agora em maio havia três mostras em exposição:
"Arte do Brasil até 1900", com obras de Benedito Calixto, o grande
pintor das paisagens paulistas, o catarinense Victor Meirelles, Pedro Américo,
Eliseu Visconti entre outras figuras centrais da história da arte do período.
A outra
exposição era a "Arte do Brasil no século 20", com obras de
Portinari, Di Cavalcanti, etc.. e " Arte Moderna na Capital do Século
XIX". Esta última, denominada passagem por Paris, propõe um passeio pela
arte moderna feita entre 1866 e 1948 por artistas como Monet, Gauguin, Van
Gogh, Matisse, Renoir, Picasso, etc...
Depois do museu,
mais uma caminhada pela Paulista até o Restaurante Artes que fica na Carlos
Sampaio, nº 48 (que fica ao lado da Estação Brigadeiro do Metrô). É um restaurante simpático com vários salas repletas de obras
de arte distribuídas em dois pisos e também um jardim onde almoçamos. Segundo a
Veja SP: "Almoço sem complicações e
com gosto num simpático restaurante de bairro". Ou segundo a Folha SP:
"Restaurante com certo ar caseiro ou
de esquina onde tudo é um pouco família, tudo é bem feitinho".
Para fechar o
dia a dica é ir de táxi ao Teatro Renaut (2,5 km do hotel) e assistir a algum
musical em exibição na cidade. No período que estávamos lá, assistimos ao excelente
musical "Mudança de Hábito" que está em cartaz desde março e por
garantia compramos os ingressos com antecedência pela internet.
Para o trecho
entre o aeroporto de Congonhas, tanto na chegada ao hotel como na volta,
achamos que a melhor alternativa é de táxi e o percurso custa cerca de R$
30,00.
Fachada do Theatro Municipal de São Paulo |
Escadarias do hall de entrada |
Painéis de mosáicos e outros adornos |
Salão nobre do Teatro |
Escadarias de acesso ao Salão principal |
Mosteiro de São Bento
|
Mercado Municipal de São Paulo visto do andar superior |
Colorido das bancas com frutas de várias procedências |
Bacalhau para todos os gostos e bolsos |
Um dos vitrais do mercado |
Sanduíche de mortadela denominado Fenômeno |
Prédio do MASP localizado na Av. Paulista |
O Lavrador de Café, 1939 de Candido Portinari, óleo sobre tela exposto no museu |
Criança morta, 1944. óleo sobre tela, também de Portinari |
Vista de Desterro (Florianópolis), 1867. Óleo sobre tela de Joseph Bruggemann |
Moema, 1866. Óleo sobre tela do catarinense Victor Meirelles |
Aguardando o almoço nos jardins do Restaurante Artes |