segunda-feira, 30 de abril de 2018

COLÔMBIA E SUL DO CARIBE


Depois de muito pesquisar, concluímos que a maneira mais prática de fazer um cruzeiro pelo Caribe, era partir da Colômbia ou mais precisamente de Cartagena.
A maior parte dos Cruzeiros partem de Miami ou Fort Lauderdale e navegam pela parte mais ao norte do Caribe. Optamos em sair de Cartagena e conhecer as ilhas que ficam mais ao sul do Caribe.
A partir daí fizemos um roteiro que incluía 3 noites em Bogotá, 4 noites em San Andres e 4 noites em Cartagena, onde foi o embarque no navio para um Cruzeiro de 8 dias com passagem por Curaçao, Bonaire, Aruba, Colon (Panamá) e desembarque em Cartagena.

BOGOTÁ - O vôo de Guarulhos a Bogotá dura cerca de 6 horas e chegamos no aeroporto por volta das 19:00 h mas com a espera das bagagens, compra de pesos colombianos e deslocamento até o Bogotá 100 Design Hotel - que fica na Zona 14 (Zona Los Mártires), já chegamos por volta das 20:30 h no hotel. Fizemos o chek-in e já tomamos um táxi para irmos até o restaurante Andrés Carne de Rés que já virou atração turística em Bogotá e está sempre lotado, mas como fomos numa quarta feira, conseguimos uma mesa com facilidade e sem necessidade de reserva antecipada. Jantamos em uma das 3 filiais, pois a matriz fica afastada da cidade. Além da comida saborosa, a decoração com neons e objetos diversos se soma a uma combinação de sons, cores e objetos indescritíveis. O cardápio, com um design bem divertido é uma atração a parte e combina com o estilo extravagante e louco do restaurante.

Fazem piada com os próprios preços: Bom, bonito e carito (caro mesmo)


O dia seguinte foi reservado para visitarmos o Centro Histórico que fica na Zona 17 (La Candelária) onde encontra-se, entre outras atrações, o maravilhoso Museu do Ouro, a Catedral e a Plaza de Bolívar.
O Museu do Ouro exibe uma das mais importantes coleções de metalurgias pre-hispânicas do mundo, contando a história do ouro e suas técnicas de mineração e manufatura. As peças em exposição são lindíssimas e além de apreciar, o visitante pode fotografar ou filmar desde que seja em caráter pessoal e não comercial. O ingresso custa 4.000 pesos, com entrada grátis para idosos, que foi o nosso caso.










Logo após a visita ao Museu caminhamos algumas quadras e chegamos até a Catedral Primada (construída em 1539) e a Plaza Bolívar e aproveitamos para almoçar em um pequeno restaurante ali pelo centro mesmo que era tão simples e ruim que nem registramos o nome.

Catedral Primada, construída em 1539

Em seguida tomamos um táxi para irmos até o Santuário Monserrate que fica a menos de 2 km do Centro Histórico. Como os táxis são bem baratos em Bogotá, nem utilizamos o transporte público na cidade.
A chegada ao local de compra do ingresso para a subida de teleférico ou de funicular até o alto do Cerro de Monserrate foi desapontadora pois não lembramos que era quinta feira santa e a fila era um caos. Não havia atendimento preferencial e idosos, grávidas e pessoas acompanhadas de crianças e bebês se amontoavam até chegar as bilheterias. Desorganização total.
Os guardas de segurança avisavam que a fila para a compra do ingresso para subir pelo teleférico levaria mais de 3 horas e aconselhavam as pessoas a subirem pelo funicular que foi o que fizemos, mas assim mesmo a espera na fila levou mais de 1 hora. Os ingressos de segunda a sábado custam 20.000 pesos (aproximadamente R$ 27,00) para os dois trajetos (subida e descida) seja por funicular ou teleférico. Para idosos com 62 anos ou mais de idade, custava 16.500 pesos. Aos domingos custava 12.000 ou 10.000 para os idosos.
Tanto a vista panorâmica lá de cima do Santuário como a descida via teleférico são muito bonitas mas definitivamente foi um programa para católicos e religiosos de modo geral, pois a espera na fila para a descida via teleférico demorou mais de duas horas sob um frio cortante de uma altitude de 3.127 m.


Vista panorâmica de Bogotá do alto do Cerro de Montesserate



Retornamos para o hotel e a noite fomos jantar no restaurante Club Colombia (Av 82 # 9-11) a menos de 4 km do hotel, mas o motorista do táxi se perdeu e não conseguia encontrar o endereço. Aliás, tanto em Bogotá quanto em Cartagena, os motoristas são enrolados e mesmo informando o nome do hotel, do restaurante, bem como o endereço completo dos lugares, eles ainda ficam perdidos.

No terceiro dia em Bogotá tínhamos programado ir até a cidadezinha de Zipaquirá para conhecer a mina e a Catedral de Sal.
No dia anterior já havíamos combinado com o taxista que nos trouxe de Monserrate e este nos cobrou 150 mil pesos para nos levar até Zipaquirá que fica a cerca de 43 km, aguardar nossa visita e nos trazer de volta até o centro da cidade. Pode-se ir a Zipaquirá de 4 maneiras: utilizando o transporte público de Bogotá, de excursões de agências, de táxi (combinando o preço com o motorista) ou alugando um carro.
Excetuando o transporte público, todas as outras opções que consultamos sairia mais caro que ir de táxi, sem contar que de táxi é mais confortável pois fomos com um motorista jovem e simpático (Fábio: whatsapp +573208770456) que nos deixou bem na entrada da mina e na saída já estava nos esperando.
A visita a Catedral de Sal é uma passeio imperdível para quem visita Bogotá. A Catedral foi construída no interior de uma mina de sal localizada a cerca de 180 metros abaixo da Terra.
A reserva de sal se originou de um pequeno oceano existente há mais de 70 milhões de anos. É a maior reserva de sal da Colômbia, com cerca de 250 milhões de toneladas de sal. Os próprios trabalhadores da mina decidiram construir uma igreja no interior da mina, em devoção a Virgem do Rosário de Guasá.
O passeio é feito pela antiga Mina de Sal com o auxílio de um áudio guia (espanhol ou inglês). O ingresso custa 55.000 pesos por pessoa já incluído o áudio guia. Logo de inicio percebe-se que estamos andando por um túnel onde as paredes são 100% sal.
Os espaços utilizados na antiga mina foram transformados em um via sacra, simbolizada por cruzes feitas com pedras de sal. Após descer uma escadaria, chega-se ao salão que dá acesso a Catedral de Sal da mina de Zipaquirá.

Entrada na mina de sal que dá acesso a catedral


Catedral de Sal de Zapiquirá



Lustre confeccionado com gotículas de sal
Catedral Diocesana de Zipaquirá
Na saída da mina o motorista já estava nos esperando e no retorno para Bogotá, passou pelo centro da cidadezinha para apreciarmos a sua Catedral Diocesana e o simpático Centro Histórico da cidade.
No retorno a Bogotá ele nos deixou no centro da cidade que estava muito lotado por ser sexta feira santa e caminhamos sem rumo até encontrar algum bom restaurante que tivesse alguma mesa disponível.
Tivemos sorte pois entre a quadra do Museu do Ouro e a Catedral, encontramos o La Romana, que parecia um daqueles restaurantes tradicionais onde as famílias locais costumam frequentar. Era um restaurante italiano onde almoçamos tão bem que nem saímos a noite para jantar.
Vale ressaltar que a Colômbia não é um país grande produtor de vinhos, portanto, geralmente eles são importados e caros. Por outro lado, a cerveja mais popular deles, a Club Colômbia, é uma delícia e não é cara. Do tipo long neck (acho que não existe cerveja em garrafa de 600 ml por lá),  custava entre 6.000 e 10.000 pesos, dependendo do local. A nossa preferida era a dourada que é tipo pilsen.
No dia seguinte, antes de irmos para o aeroporto para pegar o nosso vôo com destino a Cartagena e posteriormente a San Andrés, resolvemos ir a uma loja da Claro para comprar um chip para ter acesso a internet na Colômbia e demais portos nos quais iríamos chegar de cruzeiro.
Isso acabou sendo o maior mico da viagem, pois apesar da promessa da vendedora de que o tal chip (que pagamos 7.000 pesos e carregamos com outros 50.000 pesos), funcionaria em toda a Colômbia, além da América Latina e Caribe, ele só funcionou na Colômbia e voltamos para o Brasil com crédito de 41.000 pesos que nem serão utilizados pois além de não funcionar aqui ainda vencem no final de maio. Depois de chegar no Brasil uma atendente da Claro nos informou que antes de sairmos da Colômbia deveríamos ter ligado para a central da operadora e solicitar o roaming antes de entrar no outro país.

QUAL MOEDA LEVAR PARA COLÔMBIA?

As duas melhores alternativas são levar dólares e trocar por pesos colombianos ou usar o cartão de crédito. A pior opção é levar reais para trocar por pesos. Lá o real é super desvalorizado.
Uma parte de seus dólares já podem ser trocados por pesos no próprio aeroporto. Fiz a pesquisa em duas casas de câmbio de lá, e a melhor cotação foi 2.600 pesos por dólar. Considerando que comprei dólares no Brasil a R$ 3,36, cada real comprou 773,80 pesos. Hoje, com a cotação em R$ 3,54, cada real compraria 734,46 pesos. Numa casa de câmbio em um Shopping consegui 2.665 pesos por dólar, o que daria 752,82 por real.
Outra alternativa que utilizei foi sacar pesos utilizando meu cartão do BB previamente autorizado. Isso pode ser feito no aeroporto mesmo, utilizando os caixas automáticos do Bancolombia ou do Banco de Bogotá.
O valor máximo de saque é 600.000 pesos (COP), mas com a tarifa cobrada pelo banco de lá foi fixa em 10.500 pesos colombianos, acrescido de uma doação de 5.000 pesos para uma Fundação Cardio Infantil que não percebi que era optativo, totalizou 15.500 pesos (COP 15.500), e como meu banco não cobrou tarifa, saquei COP 584.500 líquidos e na minha conta do BB foi debitado R$ 836,71, o que dá COP 698,57 por real. A cotação não é tão boa quanto trocar dólares por pesos mas é melhor que levar reais, cuja cotação não chegava a COP 600 por real.
Outra opção é utilizar o cartão de crédito. Neste caso, mesmo com o aumento do dólar no fechamento da fatura (de R$ 3,36 para R$ 3,56) e com o acréscimo de 6,38% referente a cobrança de IOF, as despesas pelo cartão de crédito ficaram, em média, em cerca de COP 727,85 por real.      
Em Resumo:
Levando dólares e trocando por pesos nas casas de câmbio: 
1Real = COP 734,46 a COP 752,82
Utilizando o cartão de crédito (incluindo o IOF):                
1Real = COP 727,85
Sacando pesos utilizando o cartão de seu banco:                  
1Real = COP 698,57

A conclusão é que deve-se levar dólares para trocar por pesos para pequenas despesas ou para aquelas que não aceitam cartão de crédito, como táxi por exemplo, e sempre que possível utilizar o cartão de crédito, pois a diferença entre o valor médio obtido nas casas de câmbio e o cobrado pelo cartão ficou em apenas 2%. A diferença é pequena considerando-se que você tem a segurança de não precisar andar com dinheiro em espécie, não correr o risco de receber alguma nota falsa em casas de câmbio ou de troco no comércio, a praticidade do uso do cartão e você ainda acumula milhas para outras viagens.

SAN ANDRES

De Bogotá até Cartagena são aproximadamente 1:30 h de vôo e mais 1:30 h até San Andrés.
Apesar de estar mais próxima da Nicarágua (191 km), o Arquipélago de San Andrés, que além da ilha de mesmo nome, é formado pela ilha Providência e Santa Catalina, pertence a Colômbia que está a cerca de 775 km.
O Arquipélago está localizada no mar do Caribe e embora a Nicarágua já tenha reclamando a soberania sobre ele, a Corte Internacional de Justiça, em 2012, decidiu favoravelmente a Colômbia.
Passamos quatro noites em San Andres que foram suficientes para conhecer os principais pontos turísticos da ilha.
Ficamos no Hotel GHL Sunrise Beach, que está localizado bem frente ao mar e próximo ao calçadão do centro comercial. Com quartos grandes e confortáveis, foi um dos primeiros hotéis de luxo da ilha e possui uma pequena praia privada e uma grande piscina em um deck sobre o mar.
Ao lado do hotel tem diversas lojinhas, locadoras de veículos e o melhor de tudo: um mercadinho que vendia cerveja Club Colômbia bem gelada a 3.500 pesos (cerca de R$ 4,70).

Fachada do hotel GHL Sunrise beach


Fantástica vista da sacada do nosso apartamento no 4º andar

Apartamentos amplos e confortáveis
Chegamos por volta das 12:30 hs  mas como o check-in no hotel era somente a partir das 15:00 hs, guardamos as malas no hotel e fomos tomar uma caipirinha na piscina e em seguida fomos conhecer a área central e procurar um restaurante para almoçar.
Neste primeiro dia na ilha já conhecemos o restaurante La Regatta que elegemos como o melhor de San Andres. Comida deliciosa, local super agradável e preço justo. Muitas vezes estava lotado e bastava esperar alguns minutos para conseguir uma mesa mas para quem quer uma mesa no deck externo é recomendável fazer reserva com antecedência.
A noite fizemos mais um giro pelo calçadão da área comercial e aproveitamos para comprar os tickets para no dia seguinte fazer um passeio de barco pelas ilhas próximas, baía de San Andres e mangues.
O roteiro do passeio incluía a ida até a ilha Johnny Cay, onde paga-se uma taxa de 5.000 pesos para visitar. Passamos algumas horas na ilha que é um lugar lindíssimo onde podemos ver, nitidamente, as variações de tons nas cores azul e verde esmeralda do mar do Caribe. A ilhota é pequena e pode ser contornada a pé onde apresenta várias piscinas naturais, pedras e uma faixa de areia. Foi o nosso primeiro dos muitos mergulhos de snorkel da viagem.
É preciso registrar que a desorganização e a improvisação é enorme no desembarque e embarque na ilha, pois as lanchas são altas e os barqueiros não colocam qualquer  tipo de escada, o que dificulta para quem tem algum problema de mobilidade.

Ilha de Johnny Cay vista do barco que fez o passeio
Extremidade norte de San Andrés vista da ilha Johnny Cay






Caipirinha em Johnny Cay feita na casca de coco


Depois o barco passou pela baía de San Andres, entrou na região de mangues (Manglares de old point) e nos levou até as ilhas Rose Cay onde tem um banco de areia que é conhecido como Acuario e ao lado a ilha Haines Cay que pode ser alcançada caminhando-se com água pela cintura.
O mergulho aqui explica melhor porque o local é conhecido como Aquário Natural.
Este passeio custou 50 mil pesos por pessoa e durou das 9:00 h da manhã até as 16:00 h e este primeiro dia já deu uma mostra do que seria nossa estada na ilha. Pagamos caro pois durante o dia já tínhamos visto em uma agência, o mesmo passeio por 45 mil mas não gostamos do atendimento e no embarque vimos que se tivéssemos comprado diretamente na operadora pagaríamos de 30 a 35 mil pesos.
As ilhotas Rose Cay (Acuario) e Haines Cay vista do barco



Haines Cay, que pode ser acessada com água na cintura a partir do Acuario
Embora a ilha seja servida de transporte público e de táxis a melhor maneira de se locomover na ilha é alugando um carrinho de golfe ou um quadriciclo um pouco mais potente. No segundo dia na ilha alugamos um quadriciclo da marca kawasaki por 150.000 pesos e demos a volta completa na ilha que percorre-se por cerca de 32 km parando e conhecendo as principais atrações. Embora fosse um veículo 4 x 4, isso não era necessário pois a estrada que contorna a ilha é plana, asfaltada e está em bom estado de conservação.
Saímos da frente do nosso hotel e percorremos a estrada que contorna a ilha, no sentido horário, passando inicialmente pela área portuária e fomos em direção a Rocky Cay, uma praia que fica na costa leste da ilha. Foi uma parada rápida pois iríamos voltar nesta praia, que tem uma pequena ilhota na frente, no dia seguinte.
Seguimos até o extremo sul da ilha para visitar uma atração muito procurada mas as condições da maré e do vento não ajudaram. Trata-se do Hoyo Soplador (ou buraco soprador) onde acontece um fenômeno natural semelhante a uma fonte. O atrativo é um jato de ar e água muito forte que sai de um buraco, a alguns metros do mar, e que é produzido pelas ondas que se chocam contra uma série de túneis subterrâneos nos arrecifes de corais quando ocorre uma combinação de maré alta e vento forte.
Lamentavelmente o local tem muitas barracas mas só dá para consumir bebidas industrializadas pois a falta de higiene é assustadora. Tentamos tomar uma caipirinha no local mas desistimos quando a pessoa que nos atendeu era uma criança que não lavou o limão nem a mão que usara anteriormente para receber dinheiro e dar troco.
Pedi a ele que me passasse o copo e os ingredientes e eu mesmo fiz minha caipira cortando o limão sobre um prato pois eles não tinham nem uma tábua para cortar.
É incrível o contraste entre a área central, com excelentes bares e restaurantes e as demais áreas da ilha que tem infraestrutura precária e muita falta de higiene.
Contornando a extremidade sul da ilha chega-se numa enorme piscina natural conhecida como La Piscinita. É um pedacinho do mar cercado por pedras, indicado para observar peixes e fazer snorkel onde podemos comprovar como o mar do Caribe é incrivelmente bonito e com excelente visibilidade. A variedade de peixes não era muito grande mas eles eram bem gordinhos, talvez por serem alimentados com muito pão que já eram distribuídos na entrada pelo proprietário do local. O local conta com um restaurante que também aluga máscara, snorkel e coletes salva vidas.
La Piscinita





Quadriciclo no qual demos a volta na ilha

Seguimos em frente e ainda na costa oeste da ilha encontra-se outro atrativo denominado West View Natural Park que tem uma piscina natural, maior e mais profunda. Apesar de também cobrar ingresso para ter acesso as piscinas, o local não tem chuveiro e nem mesmo banheiro e o usuário tem que sair, ir no outro lado da rua e pagar para usar um banheiro de outro local.
Contornando a extremidade norte da ilha chega-se nas praias da região central (Playas de Sprat Bigth) onde almoçamos no restaurante do Hotel Casablanca antes de voltar para a locadora que ficava na frente do nosso hotel, para devolver o veículo.
A noite, depois de mais uma volta pelo centro comercial, fomos jantar no restaurante La Regatta.
Piscinas naturais de West View


Estrada que contorna a ilha é asfaltada e em boas condições
No dia seguinte tomamos um ônibus e fomos até o bairro São Luiz, uma região populacional na periférica de San Andrés, mas que possuí cenários paradisíacos e a possibilidade de exploração de várias praias como é o caso da mais conhecida e que tem na sua frente uma pequena ilhota denominada Rocky Cay.
A paisagem é espetacular: areia fina clarinha, mar em multi-tons azulados, muitos coqueiros e vegetação litorânea nos arredores. Esta ilha pode ser alcançada caminhando até ela com água na altura da cintura e também é um bom lugar para a prática de snorkel.

Praia de Rocky Cay

Ilhota de Rocky Cay que fica em frente a praia e pode ser alcançada a pé

Ao fundo os restos de um grande navio encalhado

Na volta ao hotel, ligamos para o nosso restaurante preferido, o La Regatta, para reservar uma mesa, desta vez no deck externo, para nossa última refeição em San Andrés.
Cazuela de frutos do mar do restaurante Regatta

File de peixe a Santa Catalina do restaurante Regatta

No dia seguinte deixamos San Andrés com destino a Cartagena, mas como nesse dia não tinha vôo direto, tivemos que fazer uma conexão em Bogotá e só chegamos em Cartagena no início da noite. 

CARTAGENA
 
Também conhecida como Cartagena das Índias, está situada no norte do país, em pleno mar do Caribe e pode ser dividida em duas partes principais: a Cartagena Moderna e a Cartagena Antiga. É um dos mais belos e mais concorridos destinos turísticos de toda a Colômbia e talvez a cidade mais colorida do país.
Declarado Patrimônio Mundial da Humanidade, o local é famoso por seu Centro Histórico fortificado, com 13 km de muros de pedras construídos a partir do século 16, e pela bela sequência de casas coloniais que abrigam restaurantes típicos, animados bares e até pequenos hotéis-boutiques.
Nos hospedamos no Hotel Kartaxa que está localizado na parte antiga da cidade, na Calles de Las Bóvedas, que fica no interior da parte murada e que é a parte mais indicado para se hospedar. Em uma caminhada pelas ruas e calçadas estreitas nos arredores dos hotel já se percebe a explosão de cores no casario típico espanhol. Todo o Centro Histórico da cidade é repleto de casarios coloniais bem conservados e coloridos, que encantam os turistas. Caminhar e se perder pelo interior da Cidade Murada é uma das melhores coisas que pode-se fazer na cidade.
Depois desta caminhada sem destino, apenas apreciando a beleza do casario histórico, o turista pode procurar as principais atrações, que certamente, sem saber já havia passado por algumas delas. As principais atrações da cidade são: Plaza de los Coches, La Porta del Reloj, Plaza Simon Bolivar, Museo de la Inquisición , Museo del Oro (gratuito), Catedral de Cartagena, Palácio del Gobierno, Iglesia y Monasterio San Pedro Claver, Museo Naval, Teatro Heredia, Las Bóvedas Artesanias, Plaza Santo Domingo, Estátua de la Gorda, Café del Mar, Baluarte de Santo Domingo e o Forte de San Felipe de Barajas.
A visita ao Forte de San Felipe de Barajas oferece uma visão privilegiada da região.
Sua construção pelos espanhóis teve inicio em 1536, sendo finalizada em 1657. No princípio se chamava Castillo de San Lazaro e foi fundamental na defesa da cidade de Cartagena, já que a cidade era uma das maiores responsáveis por armazenar e enviar pra Europa o ouro e prata, que os espanhóis saqueavam de várias partes da América.
De lá você vai ter uma vista diferenciada da cidade e vai percorrer labirintos e túneis construídos estrategicamente para a defesa do local.
Passamos quatro noites na cidade que foram muito bem aproveitadas, sendo duas antes e duas depois do cruzeiro pelo Caribe  e conhecemos alguns restaurantes na cidade que são impedíveis: restaurante La Mulata, El Santíssimo (pertinho do nosso hotel), Juan del Mar e Porton de San Sebastian.










Explosão de cores nas ruas do Centro Histórico
Torre do Relógio durante o dia e a noite


Contraste entre a antiguidade do baluarte do Forte de San Felipe e a cidade moderna ao fundo


CRUZEIRO PELO CARIBE

O navio partiu de Cartagena, navegou na parte sul do Caribe e passou nas chamadas ilhas ABC (Aruba, Bonaire e Curaçao) que estão localizadas na costa da Venezuela. Estas ilhas ficam bem próximas umas das outras e foram colonizadas pelos holandeses. O cruzeiro foi também ao Panamá onde fez uma curta parada no porto de Colon, antes de retornar a Cartagena.
O cruzeiro teve duração de 7 noites e foi feito com o navio Monarch da empresa Pullmatur. Este não é um navio moderno como os navios da Costa Cruzeiros ou os da Royal Caribean que conhecemos em outros cruzeiros pela costa brasileira. Lançado em 1991, tem 12 decks, capacidade para mais de 2.700 passageiros e uma boa estrutura de lazer.
Considerando que nosso pacote incluía também bebidas, achamos uma excelente relação custo benefício, pois os demais cruzeiros que fizemos, todas as bebidas eram pagas em dólares e com preços bem salgados.
Compramos o cruzeiro com o pacote básico de "tudo incluso" que além das refeições a bordo, incluía água, café, chás e sucos além de espumantes, cerveja tecate (mexicana), dois tipos de whisky, e as minhas bebidas preferidas que são o martini bianco e a piña colada, um drink a base de coco, abacaxi, rum e leite condensado.
Para nós que bebemos pouco foi mais que o suficiente, mas para quem quisesse outras bebidas especiais havia a possibilidade de comprar uma pacote extra por 15 USD por noite.






CURAÇAO

A saída pelo Porto de Cartagena já foi uma surpresa, pois o terminal marítimo fica em uma área muito bonita, bem arborizada e com diversas aves, tais como pavões e araras. Bem diferente dos terminais marítmos que conhecemos no Brasil.
O navio zarpou por volta das 19:00 hs, navegou todo o dia seguinte e na manhã do terceiro dia já estava em Curação.
Embora os cruzeiros ofereçam excursões para visita nos locais de paradas, resolvemos já sair do Brasil com uma excursão contratada e fizemos contato com uma guia brasileira que mora há muitos anos na Ilha (Kézia - whatsapp: +59995180821, email: kdfvipservices@gmail.com ou guiabrasileiraemcuracao@gmail.com). Pagamos USD 45,00 por pessoa e foi uma boa escolha pois a guia era super simpática e fez um roteiro que incluía as praias de Jeremi, Kenepa Grandi, Porto Marie e Cas Abou, diferentemente das excursões do cruzeiro que incluía locais que não eram praias, como fábrica de licor e refinaria de petróleo. O passeio durou das 9:00 hs às 14:00 hs. Depois a guia nos deixou na área comercial para algumas compras, pois o navio já partia as 19:00 hs rumo a Bonaire. 

Faisões e Araras soltas e podem ser observadas no terminal marítimo de Cartagena

Grupo que fez o passeio em Curaçao com a guia. abaixada e de camiseta rosa
 







BONAIRE

No dia seguinte, que era o quarto dia do cruzeiro, desembarcamos por volta das 9:00 hs em Bonaire e logo na saída do porto contratamos uma excursão por USD 35,00 por pessoa. A duração desta excursão foi menor que a anterior pois o navio sairia do porto as 18:00 hs e os passageiros tinham que estar no navio pelo menos uma hora antes.
O guia da excursão gastou muito tempo para nos levar até a região das salinas e ao local onde há grande concentração de flamingos rosas e depois ainda tivemos que fazer todo o retorno para chegar na praia que estava programada no passeio. Desta forma conhecemos pouco as praias de Bonaire e ficamos com a impressão que esta ilha é mais apropriada para quem quer praticar mergulho autônomo ou mergulho de snorkel.
Talvez por isso, na última praia que paramos, fizemos um dos melhores mergulhos de snorkel da viagem. Havia um deck de concreto submerso, que possivelmente foi demolido por alguma tempestade e os restos da construção, com concreto e ferros retorcidos formou um ótimo habitat para várias espécies e com uma excelente visibilidade, onde avistamos uma grande variedade de peixes, corais e até uma moréia.
Nesta praia foi um dos poucos lugares que conseguimos tomar cervejas realmente geladas e por um preço justo. Eram servidas em baldinhos com gelo e custava USD 20,00 um baldinho com 6 unidades de diversas marcas a escolher.


Ônibus colorido no qual fizemos o passeio pela ilha

Salinas em Bonaire

Flamingos rosas característicos de Bonaire



Casinhas onde viviam de 8 a 10 escravos que trabalhavam nas salinas


ARUBA

Para o passeio em Aruba no dia seguinte e quinto dia do cruzeiro, também já havíamos contratado uma guia brasileira (Lerita - whatsapp: +2975942938). Pagamos USD 50,00 por pessoa mas este passeio ficou um pouco prejudicado pois o navio chegava as 8:00 hs na ilha mas já partia as 15:30 hs. Mesmo sendo uma ilha menor que Curaçao, o tempo disponível para visita na ilha era muito pequeno e a parada para banho ocorreu apenas na Praia Baby Beach.
Paramos também em Mango Halto, Eagle Beach e Arashi Beach e fomos até o Farol Califórnia no extremo norte da ilha, mas o tempo era suficiente apenas para tirar algumas fotos.
De qualquer forma, deu para observar a beleza da ilha e serviu para aguçar a curiosidade para voltar em outra oportunidade e ficar mais tempo na ilha.
Esse passeio teve um diferencial em relação aos anteriores pois no nosso ônibus foi disponibilizado uma conexão de wifi free que de fato funcionava. Como nosso grupo era grande, foi dividido em dois veículos e em algumas paradas os passageiros trocavam de veículo para que os outros pudessem acessar o wifi e fazer alguma postagem nas redes sociais.

As trê fotos acima são da praia Mango Halto

Praia Baby Beach


Árvore Divi Divi, caracteristica da Aruba, localizada na Eagle Beach

Farol Califórnia no extremo norte da ilha


COLON

O dia e a noite seguintes foram de navegação e no sétimo dia chegamos no porto de Colon com saída prevista para as 14:30 hs, tempo suficiente apenas para irmos até a Zona Livre que fica a uns 15 minutos de caminhada desde o porto.
O trajeto até a área de compras é feio, com calçadas mal cuidadas e fica numa região bastante pobre e marginalizada do país, Porém, passada esta primeira impressão, conseguimos chegar na Zona Livre que até nos surpreendeu por ser bastante organizada e até limpa comparada com o seu entorno. A Zona Livre do Colon é considerada o maior entreposto de comercial livre de impostos e o mais importante das Américas. É a segunda maior Zona Franca do Mundo só perdendo para a de Hong Kong. A área comercial é toda murada contando com mais de 2.000 empresas instaladas no seu interior.
Embora tenha diversas lojas de marcas exclusivas, como Nike, Cassio, Victoria Secret, etc, é preciso ficar atento nas compras pois vimos algumas lojas que vendiam óculos e outros produtos falsificados.
Depois de mais uma noite de navegação retornamos ao porto de Cartagena no oitavo dia do cruzeiro.





2 comentários:

  1. Parabéns, Nino e Teca pelo blog. Têm chance até do Nobel... Valeu mesmo até para relembrar muitas coisas da viagem. ..

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    1. Valeu Luiz! Chegamos no mês passado e já estamos preparando a próxima viagem.

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